terça-feira, 3 de maio de 2011

Você sabia que existe Consultor de imagem virtual? pois é, saiba como tirar as manchas do seu passado virtual



Por NICK BILTON

Um novo tipo de especialista surgiu na internet, prometendo expurgar mensagens negativas, sepultar resultados desfavoráveis em buscas e monitorar a imagem virtual de seus clientes. São os chamados "gestores de reputação on-line".
Numa época em que a reputação de uma pessoa é cada vez mais definida pelo Google, pelo Facebook e pelo Twitter, esses serviços oferecem basicamente uma remodelação da imagem on-line, geralmente destacando características lisonjeiras e escondendo as negativas.
"A internet se tornou o recurso obrigatório quando se trata de destruir a vida de alguém on-line, o que por sua vez significa deixar a vida 'off-line' de ponta-cabeça também", disse Michael Fertik, executivo-chefe da Reputation.com, empresa da Califórnia que está entre as maiores nesse campo.
"A internet se tornou tão complicada, vasta e acelerada que as pessoas não podem mais controlá-la sozinhas. Elas agora precisam de uma equipe de tecnólogos para ajudá-las on-line."
Conforme as pessoas passaram a viver mais suas vidas on-line, seja blogando sobre um jantar ou postando fotos de férias no Facebook, o lado negativo do excesso de compartilhamento começou a aparecer.
"Esse é um setor que já vem nascendo há relativamente algum tempo. Hoje em dia, ele se tornou mais comum", disse Bryce Tom, ex-diretor de gestão da reputação on-line na Rubenstein Communications, uma grande empresa de relações públicas em Nova York.
Tom deixou a empresa no ano passado para criar a Metal Rabbit Media, também voltada para essa área.
A empresa de Tom atrai uma clientela mais abastada, mas outras levam em consideração um público mais amplo.
Isso inclui universitários tentando apagar fotos de bebedeiras antes que recrutadores corporativos as encontrem, e um advogado que desejava eliminar da web fotos não relacionadas ao seu trabalho, na tentativa de se tornar sócio do seu escritório.
Há também um corretor imobiliário de Miami cujos anúncios eram ofuscados por blogs narrando uma detenção por dirigir alcoolizado.
"As redes sociais, os comentários on-line e o excesso de compartilhamento na rede criaram uma ameaça à reputação e à privacidade de todos", disse Fertik, da Reputation.com. "Agora, as pessoas estão tentando descobrir como colocar esse creme dental de volta no tubo."
Uma vez que algo está on-line pode ser muito difícil ou mesmo impossível excluir.
Assim, consertar uma reputação on-line geralmente consiste em enganar os diferentes mecanismos de busca.
Uma pessoa pode tentar fazer isso sozinha, enchendo a internet com conteúdo favorável -por exemplo, criando seu próprio site ou blog ou aderindo a redes sociais populares, como Facebook, Twitter e LinkedIn.
Com alguma sorte, esses sites vão aparecer em primeiro lugar numa busca na web, empurrando para baixo todo o material indesejável.
Mas essa tática tem limitações, especialmente quando os sites em questão são reconhecidamente populares e otimizados para os mecanismos de busca.
Os gestores de reputação online vão mais longe, explorando o "modus operandi" de buscadores como Google e Bing, que classificam as páginas da web com base na frequência com que recebem links de outros sites.
Para enganar os buscadores, esses profissionais empregam programadores que criam sites fictícios, com links para uma lista de resultados de pesquisa aprovados pelo cliente. O preço da boa aparência na internet varia. Não dá para dizer ao certo.
A Reputation.com cobra de US$ 120 a US$ 600 por ano para os casos comuns.
"Celebridades, políticos e executivos de alto nível não têm tanta sorte", disse Tom.
"Os programas para eles costumam custar em média de US$ 5.000 a US$ 10.000 por mês devido ao maior refinamento exigido e porque os interesses são muito maiores."
"A coisa mais difícil é quando você tem um nome simplesmente muito original", acrescentou Dom Sorenson, fundador da Big Blue Robot, empresa com sede em Utah.
"Se você tem um sobrenome como Smith ou Brown vai se sair melhor, mas se tem um nome único certamente vai ter muito trabalho."

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