terça-feira, 12 de outubro de 2010

TECIDO COM RESINA DE PET RECICLADO



Por Mario Romito*

Você já deve ter tido a oportunidade de ler ou ouvir que uma garrafa PET demora 450 anos para se degradar na natureza, portanto é um grande poluidor do meio ambiente, e que tecidos com fibras feitas de garrafas PET já existem e estão em uso há algum tempo.

Vamos falar um pouco deles. São aquilo que chamamos de “tecidos ecologicamente corretos”, pois em sua composição existe uma fibra reciclada, a qual foi uma garrafa de água ou refrigerante algum dia. Como informação comparativa, numa mistura com algodão de aproximadamente 50%, são necessárias duas garrafas PET de 2 litros para fazer uma camiseta e quatro para fazer uma calça. É extremamente benéfico, especialmente no momento atual, saber que podemos usar uma roupa que ajude a natureza a restabelecer o equilíbrio ecológico.

Aproximadamente 35% do total de garrafas produzidas é reciclada. A taxa de crescimento de reciclagem de PET aumentou 18,6% em 2007 em relação ao ano anterior, ou seja, de 194 mil toneladas registradas em 2006, passou para 230 mil toneladas em 2007. Alfredo Sette, presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), diz que o setor é capaz de reciclar um volume 30% maior do que o atual e sem a necessidade de qualquer investimento. “Ao contrário do que pode parecer, há falta de PET para ser reciclado no mercado”, afirma. É realmente um mercado em ampla expansão, apesar de pouco conhecido, e 50% do PET reciclado é empregado na indústria têxtil.

A fibra obtida pela reciclagem, denominada “Alya Eco” é a primeira fibra feita totalmente de PET reciclado. É uma fibra de poliéster cerca de 20% mais fina que o algodão, com desempenho idêntico ao de uma fibra de poliéster convencional.

Lançada em 2001, na SP Fashion Week, essa fibra têxtil pertence a uma nova família de fibras, que leva a marca comercial Alya, caracterizada por avanços tecnológicos, com atributos e desempenho diferenciados. Atualmente, uma empresa que dedica especial atenção à produção de fibra reciclada de PET, a Mossi&Gisholfi Fibras e Resinas fabrica fibras de PET reciclado, destinadas a vários segmentos, destacando-se o do vestuário.



PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

A reciclagem de garrafas PET e a sua transformação em tecido têm três fases:

1. As garrafas são recolhidas, lavadas e separadas por cores. Nessa etapa, são retirados a tampa e o rótulo e a embalagem passa por um processo de secagem. Então, o PET é moído, reduzido a pedaços pequenos, denominados flakes.

2. É feita a fusão a uma temperatura de 300 graus em que acontecem a filtragem e a retirada de impurezas. O produto é triturado e colocado na forma de chips. Após retirar a umidade, repete-se o processo de fusão dos chips a 300 graus, passando o material por equipamentos especiais (fieiras), que o separam em filamentos.

3. A última fase é a da estiragem, quando a fibra é transformada em fio. O resultado é uma fibra cerca de 20% mais fina que o algodão.O processo decorre praticamente sem perdas, uma vez que as propriedades dos flocos (flakes) mantêm integralmente as do poliéster.

TECIDOS FABRICADOS COM FIBRA “ALYA ECO”

As fibras feitas a partir de garrafas PET recicladas podem ser usadas sozinhas ou associadas a outra fibra, tal como algodão ou viscose.

A “Alya Eco” permite o desenvolvimento de artigos destinados a vários segmentos do setor têxtil, por exemplo, carpetes, enchimentos, forrações, linhas de costura etc. Em mistura com outras fibras, como algodão ou viscose, obtém-se tecidos planos ou de malha, que possuem beleza, conforto, toque macio, caimento perfeito, alta resistência e durabilidade, que são propriedades extremamente importantes para a indústria do vestuário. Normalmente, para peças do vestuário, o poliéster é mesclado com algodão. Nesse caso, temos as mesmas características, tanto com o poliéster feito a partir de matéria-prima reciclada quanto pela matéria-prima virgem.

Acreditando profundamente nessa filosofia, empresas que produzem tecidos para uniformes acharam o perfeito equilíbrio para a produção e o respeito ao meio ambiente.Uniformes profissionais e moda corporativa, confortáveis e muito resistentes, além de inseridos no contexto da ecologia, confeccionados com a fibra “Alya Eco” e algodão, são hoje o carro-chefe da Santista Workwear. Todo o tecido destinado a uniformes tem uma composição de algodão e “Alya Eco”, variável em função da finalidade e das necessidades do uniforme.

No caso da malharia, de acordo com um estudo da Mossi&Gisholfi Fibras e Resinas o conforto e o aspecto final são melhores com a mistura com “Alya Cotton”(uma variante da “Alya Eco” especialmente recomendada para tecidos tintos ou estampados, como camisetas, calças, tecidos para forração, além de malhas e tecidos).

Existem outras fibras e tecidos, também ecologicamente corretos que provém da reciclagem ou regeneração de resíduos têxteis. Estes resíduos são processados, em função de sua origem e voltam à condição de fibra ou tecido, com propriedades semelhantes ou idênticas à original. Claro que para se chegar às ótimas aplicações atuais para vestuário, existiu um longo caminho de problemas e dificuldades, que já foram resolvidos.

Não existe nenhuma recomendação especial para a confecção do tecido feito com fibra reciclada de PET, mas valem as já conhecidas, como não armazenar peças cruzadas e as de costura. A mistura com poliéster reciclado de PET é tão boa quanto a mistura com poliéster virgem, e na malha fica até melhor. Importante dizer que se trata de um nicho diferencial a ser explorado pelos confeccionistas de pequeno e médio porte.

*Mário Romito é consultor sênior da RZR&ASSOCIADOS - Consultoria e Treinamento, consultor conveniado da ABIT para assuntos de Tecnologia da Confecção, diretor de tecnologia da ABRAVEST de 1996 a 2003, ex-docente de Tecnologia da Confecção da FAAP MODA e ex-docente de Pós Graduação da Engenharia Têxtil da FEI.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Presença registrada na FISP 2010 (06 a 08 outubro) - Feira Internacional de Segurança e Proteção








É sempre bom estar por dentro do que está acontecendo no mundo dos uniformes...Essa feira é mais focada em proteção e segurança, mas os uniformes sociais não podem ficar de fora, até por que, apesar da preocupação com a parte visual dos nossos uniformes, estamos sempre buscando tecidos e matéria prima que atendam os requisitos de proteção e conforto do profissional.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A equipe da empresa Transremoção está ainda mais bonita...






Em maio de 2010 fizemos a palestra sobre consultoria de imagem na empresa Transremoção, inclusive as fotos estão no blog.
Fizemos uma visita essa semana para ver como estão as coisas e encontrei essa equipe ainda mais bonita com os novos uniformes... foi muito gratificante perceber a mudança que ocorreu na imagem da empresa e de cada profissional.

Looks de uniformes da semana










Ótimas opções de uniformes para o verão, ambientes mais informais...
Uniformes mais fashions para qualquer ocasião...
Moda e tendência são requisitos fundamentais em nossos uniformes...